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Paulo Sérgio… de superstições também se vive  

04 terça-feira ago 2020

Posted by tardesdepacaembu in (GO) GOIÁS, (RJ) AMERICA, (RJ) AMERICANO, (RJ) BOTAFOGO, (RJ) FLUMINENSE, (RJ) VASCO DA GAMA

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Centro Sportivo Alagoano (AL), Copa do Mundo de 1982, Paulo Sérgio de Oliveira Lima, Universidade Gama Filho

No verão de 1985, Paulo Sérgio pensou em abandonar os gramados. Na época, o goleiro finalmente cursava o último ano do curso de economia da Faculdade Cândido Mendes, em Vitória (ES).

Certamente, tal decisão poderia representar uma boa guinada, inclusive na vida do sogro, seu Graciano Espíndola, que ocupava a cadeira de prefeito da cidade de Guarapari (ES), uma atividade que o impedia de tocar projetos particulares em tempo integral.

Foi então que seu Graciano Espíndola disparou um providencial convite para o genro famoso ajudar na administração dos negócios.

“Acontece que o Paulo Sérgio sempre foi um apaixonado por futebol e nem de longe pensa em jogar tudo isso para o alto”, ponderava com sabedoria a esposa “Pepenha”.

Presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Rio de Janeiro, o goleiro pensava com carinho na proposta do sogro, ao mesmo tempo que seu íntimo alertava que sua missão no mundo da bola ainda reservava outros capítulos!

Quando o Botafogo vencia, o supersticioso Paulo Sérgio repetia o mesmo uniforme para o próximo jogo. No ônibus do time, o goleiro fazia questão de ocupar a poltrona 21. Foto de Rodolpho Machado. Crédito: revista Placar – 24 de outubro de 1980.

Paulo Sérgio e Rocha. Bons resultados e dinheiro no bolso! Foto de Ignácio Ferreira. Crédito: revista Placar – 8 de maio de 1981.

Afinal, no mês de dezembro de 1984, Paulo Sérgio precisou da ajuda substancial do sogro Graciano para comprar o próprio passe junto aos cartolas do Botafogo por 120 milhões de cruzeiros.

Filho do popular barbeiro Osmar Lima, Paulo Sérgio de Oliveira Lima nasceu na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em 24 de julho de 1954.

Sempre atuando como goleiro, sua primeira camisa foi a do Fluminense Football Club (RJ), equipe que defendeu entre os anos de 1972 e 1976.

Todavia, a saída das Laranjeiras ficou marcada na vida do jovem guarda-metas. Sumariamente dispensado em 1976 pelo presidente Horta, o promissor Paulo Sérgio continuou sua caminhada nas fileiras do Centro Sportivo Alagoano (AL).

Em 1977 voltou ao concorrido cenário carioca. Passou primeiramente pelo Volta Redonda Futebol Clube e posteriormente pelo Americano Futebol Clube, até ser contratado em definitivo pelo Botafogo de Futebol e Regatas no início de 1980.

A família é tricolor. Paulo Sérgio guardou a camisa de quando defendeu o Fluminense! Fotos de Rodolpho Machado. Crédito: revista Placar – 12 de junho de 1981.

O papai Osmar. Nunca faltou incentivo ao filho para seguir no mundo da bola! Foto de Ignácio Ferreira. Crédito: revista Placar – 7 de agosto de 1981.

Com 1;78 de altura, o dedicado Paulo Sérgio treinava com afinco para melhorar principalmente o fundamento da impulsão. Paralelamente ao futebol, o empenho no curso de arquitetura na Universidade Gama Filho transformava o tempo livre em um bem precioso!

Famoso pelas incontáveis superstições, quando o Botafogo vencia Paulo Sérgio repetia o mesmo uniforme para o próximo jogo. No ônibus do time, a poltrona número 21 não recebia qualquer outro ocupante.

Conhecido pelos companheiros do Botafogo com o curioso apelido de “Bocão”, Paulo Sérgio apresentou um ótimo desempenho no campeonato nacional de 1981, o suficiente para seu nome ser confirmado no grupo que embarcou para disputar o mundial da Espanha em 1982.

Conforme publicado pela revista Placar em sua edição número 639, de 20 de agosto de 1982, a colunista Maria Helena Araújo revelou aos leitores um pouco da lealdade e do companheirismo do goleiro do Botafogo:

– “Depois do nosso primeiro compromisso na Copa do Mundo de 1982, passei um dia inteiro tentando convencer o Waldir Peres de que ele não tinha falhado no gol da União Soviética”.

Companheiros no escrete canarinho, Paulo Sérgio e Zico disputaram grandes duelos nos clássicos entre Botafogo e Flamengo! Foto de Nico Esteves. Crédito: revista Placar – 6 de novembro de 1981.

O valente quadro do Botafogo, que viveu fortes emoções na boa temporada de 1981. Em pé: Gaúcho, Zé Eduardo, Rocha, Serginho, Paulo Sérgio e Perivaldo. Agachados: Édson, Mendonça, Mirandinha, Marcelo e Ziza. Foto de Ignácio Ferreira. Crédito: revista Placar – 50 times do Botafogo.

Jogando pelo escrete canarinho, Paulo Sérgio disputou ao todo três partidas com três vitórias e apenas um gol sofrido, no triunfo do Brasil diante da França pelo placar de 3×1 no dia 15 de maio de 1981, em Paris.

Abaixo, os registros completos do referido confronto amistoso disputado entre Brasil e França, material divulgado pelo site “cbf.com.br”:

15 de maio de 1981 – Amistoso internacional – Brasil 3×1 França – Estádio Parc des Princes – Paris – Árbitro: Gian Franco Menegalli (Itália) – Expulsão: Didier Six aos 90‘ – Gols: Zico, Reinaldo e Sócrates para o Brasil; Didier Six para a França.

Brasil: Paulo Sérgio; Edevaldo, Oscar (Edinho), Luizinho e Júnior; Toninho Cerezo, Sócrates (Vítor) e Zico; Paulo Isidoro, Reinaldo (César) e Éder Aleixo (Zé Sérgio). Técnico: Telê Santana. França: Dominique Dropsy (Castaneda); Gerard Janvion, Trésor (Léonard Specht), Christian López e Maxime Bossis; Jean Tiagana, Alain Moizan e Bernard Genghini; Olivier Rouyer (Lecornu), Philippe Anziani (Patrick Delamontagne) e Didier Six. Técnico: Michel Hidalgo.

O certo é que o goleiro Paulo Sérgio voltou da Espanha bem mais valorizado do que antes. Melhorou os valores de seus contratos e foi pretendido por grandes equipes do futebol brasileiro.

Ex-estudante de arquitetura, Paulo Sérgio abandonou o curso pela metade para depois ser diplomado em economia! Foto de Ignácio Ferreira. Crédito: revista Placar – Série Grandes Perfis.

Almoço da Seleção Brasileira na Toca da Raposa! Partindo da esquerda; Juninho Fonseca, Paulo Sérgio e Waldir Peres. Foto de Rodolpho Machado. Crédito: revista Placar – 14 de maio de 1982.

Que o diga os dirigentes do Corinthians, que desistiram de pagar o montante de 150 milhões de cruzeiros para contratar o goleiro do Botafogo no mês de agosto de 1982.

Paulo Sérgio continuou como titular absoluto do Botafogo até o findar de 1984, quando seus direitos foram negociados com o Goiás Esporte Clube (GO), uma passagem rápida e pouco produtiva.

Novamente no Rio de Janeiro, o goleiro firmou seu compromisso com o América (RJ). Na temporada de 1986 alugou seu passe ao Club de Regatas Vasco da Gama, um justo e merecido crepúsculo em sua rica caminhada.

Seu último time foi o mesmo América (RJ) entre 1987 e 1988, momento em que decidiu encerrar definitivamente sua marcante trajetória para mais tarde brilhar no futebol de areia na década de 1990.

De acordo com o site Terceiro Tempo (Seção Que Fim Levou) do jornalista Milton Neves, o ex-goleiro Paulo Sérgio reside atualmente em Vitória (ES) e trabalha como comentarista esportivo!

Copa do Mundo, passe valorizado e visibilidade no mercado! O goleiro Paulo Sérgio em seu melhor momento no Botafogo. Foto de Ignácio Ferreira. Crédito: revista Placar – 20 de agosto de 1982.

Com o passe em mãos, Paulo Sérgio foi defender o Vasco da Gama em 1986. Foto de Ricardo Beliel. Crédito: revista Placar – 7 de abril de 1986.

Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar (por Emanoel Mattos, Ignácio Ferreira, Marcelo Rezende, Maria Helena Araújo, Mílton Costa Carvalho, Nico Esteves, Ricardo Beliel, Rodolpho Machado, Telmo Zanini e Tim Lopes), revista Manchete Esportiva, Jornal do Brasil, Jornal dos Sports, Jornal O Globo, acervo.oglobo.globo.com, botafogo.com.br, campeoesdofutebol.com.br, cbf.com.br, site do Milton Neves (por Marcelo Rozenberg), Livro: Seleção Brasileira 90 anos – Antônio Carlos Napoleão e Roberto Assaf, albumefigurinhas.no.comunidades.net.

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