
Filho de Rosária Martins Moreira e José Martins Moreira, Aparecido Martins Moreira, mais conhecido como Cido, nasceu em 22 de setembro de 1939, no município paulista de Águas de Santa Bárbara.
Sempre com uma bola nos pés, Cido viveu sua infância e adolescência na cidade de Mococa (SP), onde não demorou para ser descoberto e aproveitado na meia-cancha dos quadros amadores do Radium Futebol Clube.
De acordo com reportagem assinada por Tarlis Batista na Revista do Esporte edição de número 214, antes de chegar bem recomendado ao Tricolor do Morumbi, o meia-atacante Cido passou por várias equipes.
Jogou no juvenil do Palmeiras em 1956, para posteriormente voltar ao mesmo Radium de Mococa em 1958. Depois, o rapazola viveu um excelente período na Internacional de Limeira (SP) em 1960, para em seguida passar rapidamente pelo Rio Pardo F.C.
Na sequência fez enorme sucesso jogando pelo Guarani de Campinas (SP) nas temporadas de 1960 e 1961. Amadureceu e conquistou seu espaço sendo efetivado como meia-esquerda titular depois da saída de Benê para o São Paulo Futebol Clube.


Abaixo, uma das participações de Cido jogando pelo Guarani. O compromisso foi diante do São Paulo em Campinas e o Bugre levou ampla vantagem, inclusive com Cido fechando o marcador:
10 de setembro de 1961 – Campeonato paulista – Primeiro turno – Guarani 3×0 São Paulo – Estádio Brinco de Ouro da Princesa – Campinas (SP) – Árbitro: Olten Aires de Abreu – Gols: Paulo Leão (2) e Cido.
Guarani: Dimas; Ferrari, Ditinho e Diogo; Ilton e Eraldo; Dorival, Cabrita (Bataglia), Paulo Leão, Cido e Osvaldo. Técnico: Elba de Pádua Lima (Tim). São Paulo: Poy; Deleu, De Sordi e Riberto; Procópio e Benê; Faustino, Gonçalo, Gino, Baiano e Agenor. Técnico: Cláudio Cardoso.
O sucesso no Bugre campineiro rapidamente projetou Cido como uma das grandes revelações do futebol paulista. E assim, Cido enveredou pelo mesmo caminho de Benê ao ser contratado pelo São Paulo.
Contudo, especialmente no findar de 1963, Cido passou por uma fase de instabilidade e seu rendimento despencou. Insatisfeito com o banco de reservas, o jovem meia-armador aceitou uma boa proposta para jogar no cenário carioca pelo Bangu.


Pelo São Paulo, Cido disputou 72 compromissos entre 1962 e 1964. Foram 48 vitórias, 16 empates, 8 derrotas e 12 gols marcados. Os números foram publicados pelo Almanaque do São Paulo, do autor Alexandre da Costa.
Na época em que foi negociado com o Bangu, Cido era proprietário de uma loja de ferragens no bairro da Consolação, negócio administrado por seu tio e sócio Geraldo.
Os direitos federativos de Cido custaram aos cofres do time de “Moça Bonita” o montante total de 5 milhões de cruzeiros, com um salário mensal acertado em 80 mil cruzeiros.
Mas, o meia-atacante paulista não conseguiu apresentar o futebol esperado em Moça Bonita. Constantes viagens para São Paulo onde tinha família e o comércio de ferragens atrapalharam bastante sua permanência no Rio de Janeiro.
Defendendo o Bangu, Cido disputou 16 partidas na temporada de 1964. Foram 9 vitórias, 1 empate, 6 derrotas e nenhum gol marcado. Os números fazem parte do site “bangu.net” – Livro dos Craques.


Abaixo, uma das participações de Cido jogando pelo Bangu.O jogo foi válido pelo Torneio Rio-São Paulo e o quadro carioca foi derrotado pelo Palmeiras no Estádio do Maracanã:
15 de março de 1964 – Torneio Rio-São Paulo – Bangu 1×2 Palmeiras
Local: Estádio do Maracanã (RJ) – Árbitro: Albino Zanferrari – Gols: Ocimar para o Bangu; Servílio e Zequinha para o Palmeiras.
Bangu: Aldo, Fidélis, Mário Tito (Darci Faria), Hélcio Jacaré; Nilton dos Santos, Ocimar e Cido; Paulo Borges, Bianchini, Parada (Adauri) e Cabralzinho. Técnico: Elba de Pádua Lima (Tim). Palmeiras: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias e Geraldo Scotto; Zequinha e Tarciso; Gildo, Alencar (Geraldo II), Servílio, Ademir da Guia (Rubens Sales) e Tupãzinho. Técnico: Sylvio Pirillo.
Procurando esquecer o malogro no Bangu, Cido voltou ao futebol paulista ao firmar compromisso com o Nacional Atlético Clube, sua última agremiação como jogador profissional.
De acordo com o site Terceiro Tempo (Seção Que Fim Levou) do jornalista Milton Neves, Cido atualmente é empresário no ramo de combustíveis, na região de Cotia (SP).

Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar, revista do Esporte (por Jurandir Costa e Tarlis Batista), revista Tricolor, Jornal A Gazeta Esportiva, Jornal dos Sports, bangu.net, campeoesdofutebol.com.br, jogosdoguarani.com, site do Milton Neves, Almanaque do São Paulo – Alexandre da Costa, albumefigurinhas.no.comunidades.net.