• About

TARDES DE PACAEMBU

TARDES DE PACAEMBU

Arquivos da Tag: Antônio Elias Julião

Julião… onde fica o Parque São Jorge ?

17 sábado out 2015

Posted by tardesdepacaembu in (SP) BOTAFOGO, (SP) CORINTHIANS

≈ 1 comentário

Tags

Antônio Elias Julião, Bicampeão paulista em 1951 e 1952, Clube Atlético Piracicabano, Torneio Charles Miller

Depois de tanto tempo, Julião ainda guardava na memória o dia em que pisou pela primeira vez no Corinthians.

Era uma quarta feira de muito sol quando desembarcou na movimentada Estação da Luz. Pegou sua bagagem e foi até o jornaleiro: Ei moço, onde é que fica o Parque São Jorge?

E lá se foi, encolhido em sua simplicidade dentro de um bonde com destino ao centro do bairro da Penha. No caminho, o brilho e o movimento da Avenida Celso Garcia.

Quando completou 80 anos de idade, Julião recebeu homenagens do movimento “Pró-Corinthians”, uma cerimônia digna de sua representatividade!

Morando próximo ao clube, Julião vivia nas dependências do Parque São Jorge em seus últimos anos de vida.

Crédito: Jornal Mundo Esportivo número 224 – Sexta Feira, 8 de dezembro de 1950.

O zagueiro, volante e também lateral esquerdo, Antônio Elias Julião, nasceu no dia 11 de abril de 1929, na cidade de Piracicaba (SP).

Torcedor assumido do Corinthians e fã de carteirinha dos artilheiros Teleco e Servílio, Julião começou sua carreira no Clube Atlético Piracicabano, na segunda metade dos anos 40.

O Clube Atlético Piracicabano também teve em suas fileiras o jovem “Cuíca”, também conhecido como Mazzola, campeão mundial de 1958 na Suécia e que fez sucesso jogando pelo Palmeiras e no futebol italiano.

Com boa técnica e ótimo marcador, Julião foi contratado pelo Corinthians no mês de novembro de 1950.

Julião e Idário na vitória por 2×1 contra o Áustria Viena, fase inicial da Copa Rio de 1952 no Pacaembu. Crédito: revista do Corinthians.

Excursão do Corinthians na Europa em 1952. Em pé: Rato (Técnico), Gylmar, Idário, Goiano, Julião, Murilo e Roberto Belangero. Agachados: Cláudio, Luizinho, Gatão, Jackson e Colombo. Crédito: revista Grandes Clubes Brasileiros.

Inicialmente, Julião formou uma linha média muito boa ao lado de Idário e Touguinha. Bicampeão paulista em 1951 e 1952, seu futebol foi determinante na disputa da Copa Rio e na histórica excursão ao continente europeu.

Estabelecido financeiramente, Julião voltou para Piracicaba e cumpriu a palavra com a noiva Valentina, que nunca teve dúvidas que o rapaz honraria o que ficou combinado.

Para completar o quadro de felicidade, Julião foi campeão da Pequena Copa do Mundo na Venezuela em 1953 e do Torneio Rio-São Paulo, nas edições de 1953 e 1954, além do Torneio Internacional Charles Miller em 1955.

Quando perdeu a condição de titular, Julião foi emprestado ao Clube Atlético Linense para disputar o campeonato paulista.

A transferência para o Linense, o impediu de fazer parte do elenco campeão paulista do IV Centenário da cidade de São Paulo.

Crédito: albumefigurinhas.no.comunidades.net.

Partindo da esquerda; Murilo, Gylmar e Julião. Crédito: placar.abril.com.br.

Depois de pouco mais de seis meses em Lins, Julião ainda retornou ao Corinthians e permaneceu no clube até o findar de 1956, quando fez parte do grupo que conquistou o cobiçado troféu da Taça dos Invictos.

Nesse período, Julião também defendeu a Seleção Brasileira, conforme os registros do livro “Seleção Brasileira 90 anos”, dos autores Antônio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.

Sua única participação com a camisa canarinho aconteceu em 24 de janeiro de 1956, ocasião em que nosso escrete foi goleado pelo Chile por 4×1, compromisso válido pelo campeonato Sul-Americano.

Conforme publicado pelo Almanaque do Corinthians, do autor Celso Dario Unzelte, Julião realizou um total de 251 partidas com 161 vitórias, 43 empates, 47 derrotas e 6 gols marcados.

Crédito: Jornal Mundo Esportivo número 730 – Terça Feira, 22 de março de 1955.

Transferido para o Botafogo de Ribeirão Preto em 1957, Julião jogou ao lado do irmão, o zagueiro Benedito Julião até a temporada de 1962, ano em que foi negociado com o Jaboticabal, equipe onde também encerrou a carreira em 1963.

Em seguida iniciou sua trajetória como treinador no próprio Botafogo de Ribeirão em 1964. Depois passou pela cidade de São José do Rio Preto trabalhando no América e também no Rio Preto.

Orientou ainda o Bragantino, o Aliança de São Bernardo, o Independente de Limeira e finalmente o Taubaté, em 1978.

Julião faleceu em 25 de outubro de 2013, na cidade de São Paulo (SP). Ele sofreu com o Mal de Alzheimer durante dois anos e meio.

Julião, em destaque, quando jogou pelo Linense em 1954. Crédito: ftt-futeboldetodosostempos.blogspot.com.br.

Formação do Botafogo de Ribeirão Preto. Em pé: Dicão, Tarciso, Tiri, Guina, Antônio Julião e Machado. Agachados: Laerte, Silva, Antoninho, Henrique e Géo. Crédito: ftt-futeboldetodosostempos.blogspot.com.br.

Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar, revista do Corinthians, revista do Esporte, revista Grandes Clubes Brasileiros, Jornal O Esporte, Jornal Mundo Esportivo, cacellain.com.br, campeoesdofutebol.com.br, ftt-futeboldetodosostempos.blogspot.com.br (por Estela Mendes Ribeiro e Maurício Sabará Markiewicz), gazetaesportiva.net, globoesporte.globo.com, placar.abril.com.br, scratchcorinthiano.blogspot.com.br, site do Milton Neves (por Marcelo Rozenberg), Almanaque do Corinthians – Celso Dario Unzelte, Livro: Seleção Brasileira 90 anos – Antônio Carlos Napoleão e Roberto Assaf, albumefigurinhas.no.comunidades.net.

Anúncios

Share this:

  • LinkedIn
  • Facebook
  • Twitter
  • Google

Curtir isso:

Curtir Carregando...

Digite seu endereço de email para acompanhar esse blog e receber notificações de novos posts por email.

Junte-se a 329 outros seguidores

Posts recentes

  • Cícero Pompeu de Toledo… a dinastia do concreto
  • Paulinho… cuidado com o ladrão
  • Moacir Bueno… o veterano de Moça Bonita
  • Osni… o Ovo de Codorna
  • Júlio César… pulando o muro da Gávea
  • Alves… nas graças de Barbatana
  • Sérgio Lopes… paulista de nascimento, carioca por opção e gaúcho de coração
  • Cláudio Deodato… no Vitória, um ídolo sem sombras ou sustos
  • Joubert… não pensem que existe um Zico em cada esquina
  • Zé Mário… talento descoberto em Bauru
  • Romualdo Arppi Filho… o mosquito que virou ganso
  • Wadih Helu… abaixo ao continuísmo
  • Gilberto Tim… o inimigo dos vícios da civilização
  • Deleu… aprendendo com De Sordi
  • Carlos Roberto… quando o futebol perde o encanto e vira profissão

Categorias

  • (BA) BAHIA (54)
  • (BA) VITÓRIA (41)
  • (CE) CEARÁ (17)
  • (CE) FORTALEZA (16)
  • (GO) GOIÁS (17)
  • (MG) AMERICA (33)
  • (MG) ATLÉTICO MINEIRO (71)
  • (MG) CRUZEIRO (69)
  • (PA) CLUBE DO REMO (25)
  • (PA) PAYSANDU (12)
  • (PE) NÁUTICO (57)
  • (PE) SANTA CRUZ (50)
  • (PE) SPORT RECIFE (66)
  • (PR) ATLÉTICO (56)
  • (PR) CORITIBA (70)
  • (PR) LONDRINA (20)
  • (PR) PARANÁ CLUBE (COLORADO/PINHEIROS) (41)
  • (RJ) AMERICA (80)
  • (RJ) BANGU (74)
  • (RJ) BONSUCESSO (36)
  • (RJ) BOTAFOGO (113)
  • (RJ) CAMPO GRANDE (13)
  • (RJ) CANTO DO RIO (15)
  • (RJ) FLAMENGO (136)
  • (RJ) FLUMINENSE (126)
  • (RJ) MADUREIRA (21)
  • (RJ) OLARIA (32)
  • (RJ) SÃO CRISTÓVÃO (24)
  • (RJ) VASCO DA GAMA (125)
  • (RS) GRÊMIO (77)
  • (RS) INTERNACIONAL (80)
  • (RS) JUVENTUDE (12)
  • (SC) AVAÍ (11)
  • (SC) CRICIÚMA (12)
  • (SC) FIGUEIRENSE (19)
  • (SC) JOINVILLE (11)
  • (SP) AMERICA (15)
  • (SP) BOTAFOGO (43)
  • (SP) COMERCIAL (28)
  • (SP) CORINTHIANS (186)
  • (SP) FERROVIÁRIA (35)
  • (SP) GUARANI (70)
  • (SP) JABAQUARA (18)
  • (SP) JUVENTUS (57)
  • (SP) NACIONAL (19)
  • (SP) NOROESTE (28)
  • (SP) PALMEIRAS (155)
  • (SP) PONTE PRETA (67)
  • (SP) PORTUGUESA DESP (118)
  • (SP) PORTUGUESA SANTISTA (46)
  • (SP) SANTOS (127)
  • (SP) SÃO BENTO (28)
  • (SP) SÃO PAULO (134)
  • (SP) XV PIRACICABA (34)
  • (SP) YPIRANGA (18)
  • ÁRBITROS E DIRIGENTES (17)
  • COLEÇÃO COPA DO MUNDO (33)

Meta

  • Cadastre-se
  • Fazer login
  • Posts RSS
  • RSS dos comentários
  • WordPress.com

VISITANTES

  • 1.173.233 acessos

CAMPEÕES DE AUDIÊNCIA

  • Flamarion... Ouro Fino da bola
  • Zé Duarte... um boné campineiro
  • Aílton Lira... um craque sob pressão
  • Cícero Pompeu de Toledo... a dinastia do concreto
  • Gildo... o gol mais rápido do Maracanã
  • Castor de Andrade... se não temos torcida eu mando comprar
  • Luisinho... a família Lemos e seus artilheiros
  • Flecha... uma seta envenenada de dribles
  • Benê... o sopro que apagou um sonho
  • Luís Antônio... do “Brejeiro” ao “Fio da Véia”

Para contatos, envio de sugestões e fotos

tardesdepacaembu@gmail.com
Anúncios

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.

Cancelar
Privacidade e cookies: Esse site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.
Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte aqui: Política de cookies
%d blogueiros gostam disto: