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1º de Maio F.C do Tatuapé, Mário de Queiroz Motta Júnior, Milionários de Bogotá-COL, Torneio de Cannes 1973
Sua elegância em campo lembrava um autêntico craque germânico. Com família de origem italiana, o louro Mário ganhou fama marcando muitos gols no cenário carioca, gaúcho e paulista nos anos 70 e 80.
Mário de Queiroz Motta Júnior nasceu na cidade de São Paulo (SP), em 10 de março de 1954. *A revista Placar de 10 de julho de 1981 publicou sua data de nascimento em 13 de março de 1954.
Da mãe herdou o gosto pela macarronada e do pai o prazer pelos grandes feitos da primeira Academia do Palmeiras.
Morador do bairro do Tatuapé, o rapazola Mário jogava no 1º de Maio Futebol Clube, uma famosa agremiação do futebol amador.
Morando perto do Parque São Jorge, Mário tentou passar nas peneiras do Corinthians e foi reprovado. Então, um tio palmeirense chamado Luíz falou com Julinho Botelho e o levou para o Parque Antártica.
Campeão juvenil pelo alviverde em 1972, Mário fez 42 gols em apenas 14 jogos, o que representou seu pronto aproveitamento no elenco principal do Palmeiras.
Mário também fez parte do escrete canarinho que conquistou o título do Torneio de Cannes em 1973. Profissionalizado, seus direitos foram emprestados ao Operário (MS). Em seguida passou rapidamente pelo Bonsucesso do Rio de Janeiro.
Em 1975, Mário voltou novamente ao Parque Antártica. Abaixo, uma das participações no campeonato paulista de 1975:
9 de abril de 1975 – Campeonato paulista primeiro turno – Palmeiras 3×1 América de São José do Rio Preto (SP) – Estádio do Parque Antártica – Árbitro: Rubens Paulis – Gols: Darci aos 17’ do primeiro tempo; Mário aos 1’ e 5’ e Nei aos 26’ do segundo tempo.
Palmeiras: Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Édson Cegonha e Ademir da Guia; Edu (Fedato), Leivinha, Mário e Nei. Técnico Brandão. América: Nonô, Paulinho, Miro, Jair (Dobreu) e Nélson Prandi; Jean (Paraná) e Serginho; Zuza, Didi, Wílson Luís e Darci. Técnico: Urubatão.
Em boa fase, Mário continuou brigando pelo lugar de titular. No dia 31 de agosto, o Palmeiras conquistou a 21ª edição do Torneio Ramón de Carranza, ao bater o Real Madrid (ESP) pelo placar de 3×1.
Comandado pelo técnico Dino Sani, o alviverde entrou em campo com Leão; Eurico, Luís Pereira, Arouca e João Carlos; Édson (Didi) e Ademir da Guia; Edu, Leivinha (Mário), Itamar e Nei.
Contudo, desacordos com o técnico Dino Sani causaram sua primeira instabilidade no clube.
Mas não foi só isso. No Palmeiras, Mário reconheceu mais tarde que foi lançado cedo demais. Afinal, ganhar destaque no Operário e no Bonsucesso era algo bem diferente do que vestir a camisa do alviverde.
Emprestado ao Clube Náutico Capibaribe (PE) em 1976, Mário defendeu em seguida o América do Rio de Janeiro.
A passagem pelo América foi considerada muito boa, o suficiente para os dirigentes cariocas e paulistas entrarem em rota de colisão pelos direitos do jogador. Sem acordo, os clubes romperam relações e Mário foi parar no futebol do Sul.
Pelo Palmeiras, Mário disputou um total de 46 partidas no período entre 1973 e 1976. Foram 25 vitórias, 12 empates, 9 derrotas e 15 gols marcados.
Os números foram publicados pelo reconhecido Almanaque do Palmeiras, dos autores Celso Dario Unzelte e Mário Sérgio Venditti.
Transferido para o Sport Club Internacional, Mário participou do elenco que conquistou de forma invicta o campeonato brasileiro de 1979.
Em 1980 jogou pelo Milionários de Bogotá. Voltou depois ao Brasil e firmou compromisso com o Sport Club Corinthians Paulista.
No mês de julho de 1981, o centroavante foi apresentado no Parque São Jorge e quase provocou um mal-estar danado nos italianos da família Motta.
Pelo Corinthians, entre 1981 e 1982, Mário realizou 41 jogos com 15 vitórias, 16 empates, 10 derrotas e 14 gols marcados. Os registros foram publicados pelo Almanaque do Corinthians, do autor Celso Dario Unzelte.
Com problemas no joelho e o aproveitamento do jovem Casagrande, Mário foi para o Clube Atlético Juventus.
O jogador também teve passagens pelo Bahia (BA), Pinheiros (PR), Santo André (SP), e novamente pelo Operário de Campo Grande (MS), onde encerrou sua carreira.
Conforme publicado no site do Milton Neves, Mário Motta atualmente mora em Vargem Grande Paulista (SP), onde é advogado e empresário.
Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar (por Divino Fonseca, Hugo Koyama, JB Scalco, Lemyr Martins, Manoel Motta, Marco Aurélio Borba e Sérgio Martins), Jornal A Gazeta Esportiva, Jornal da Tarde, campeoesdofutebol.com.br, gazetaesportiva.net, globoesporte.globo.com, internacional.com.br, palmeiras.com.br, site do Milton Neves (por Rogério Micheletti), Almanaque do Corinthians – Celso Dario Unzelte, Almanaque do Palmeiras – Celso Dario Unzelte e Mário Sérgio Venditti.