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De acordo com o site “flaestatistica.com.br”, Milton Copolillo nasceu em 8 de agosto de 1933, na cidade do Rio de Janeiro RJ). Pelo Flamengo, o zagueiro disputou um total de 183 partidas e participou do elenco na conquista do tricampeonato carioca de 1953, 1954 e 1955.

Sua caminhada esportiva foi iniciada aos dezesseis anos de idade, nos quadros amadores do Fluminense Athletico Club (RJ). Inicialmente como centromédio, o jovem Milton Copolillo continuou no tricolor de Niterói (RJ) por dez meses, até receber um convite irrecusável. 

O responsável pelo convite foi seu primo Horácio, que jogava no quadro juvenil do Clube de Regatas do Flamengo (RJ). Aprovado nas seletivas, Milton Copolillo batalhou bastante até chegar ao juvenil do Rubro-Negro, assim permanecendo por quatro temporadas.

Em seguida passou muito bem pelos Aspirantes, condição que manteve até o segundo semestre de 1953, quando recebeu suas primeiras oportunidades no elenco principal, sempre disposto e colaborando onde fosse necessário.

Torcedor declarado do Flamengo desde os tempos de criancinha, seu prazer especial era vencer o Vasco da Gama, uma alegria irradiante que durava por um bom tempo. (Fonte: Revista do Esporte número 11 – 23 de maio de 1959). 

Na temporada de 1957, Fleitas Solich encontrou determinação e firmeza no futebol de Milton Copolillo. Foto de Ângelo Gomes. Crédito: revista Manchete Esportiva número 79 – 25 de maio de 1957.
No dia 2 de abril de 1958, pelo Torneio Rio-São Paulo, o Corinthians venceu o Flamengo por 3×0 no Pacaembu. Na imagem vemos Joubert (centro) e Milton Copolillo (direita) cercados por policiais. Enfurecidos, os jogadores do Flamengo reclamavam da arbitragem e da truculência dos beques do alvinegro paulista. Crédito: revista Manchete Esportiva número 125 – 12 de abril de 1958. 

Apelidado pelos companheiros como “Bocage” e “Brucutu”, por falar palavrões e apreciar brincadeiras mais duras, Milton Copolillo continuou como uma mera opção no banco de reservas.

Tal instabilidade durou até o segundo semestre da temporada de 1957, quando finalmente conquistou seu lugar no time comandado pelo treinador Fleitas Solich, que na época promoveu importantes mudanças no elenco principal do Flamengo.

Personalidade forte, do tipo que não leva desaforos para casa, Milton Copolillo era um jogador que não perdia viagem! Na coluna “Bate-Bola da Revista do Esporte, Milton Copolillo foi perguntado sobre sua reação ao levar uma “botinada”.

Sem pestanejar para responder ao ávido repórter da Revista do Esporte, o zagueiro do Flamengo em tom decidido disparou: “Comigo é olho por olho e dente por dente”. (Fonte: Revista do Esporte número 71 – 16 de julho de 1960).

Depois da derrota de 4×1 sofrida diante do América no Maracanã, jogo válido pelo primeiro turno do campeonato carioca de 1959, o clima que já não era bom ficou quase insuportável, especialmente para Milton Copolillo, um dos responsabilizados diretamente pela má fase do time.

Em amistoso disputado no dia 11 de maio de 1958, o Flamengo derrotou o escrete canarinho por 1×0 no Maracanã. No lance, Pelé é marcado de perto por Milton Copolillo. Crédito: revista Manchete Esportiva número 130 – 17 de maio de 1958.
Anulado pela boa marcação de Milton Copolillo, o atacante Delém pouco produziu no empate sem abertura de contagem entre Flamengo e Vasco no Maracanã, jogo válido pelo Torneio Rio-São Paulo de 1959. Crédito: revista Manchete Esportiva número 180 – 2 de maio de 1959.

O fato ficou público depois das declarações desastrosas do Diretor de Futebol Geraldo Serafim, o que causou um tremendo mal-estar que quase representou o rompimento do contrato por iniciativa do próprio jogador. (Fonte: Revista do Esporte número 29 – 26 de setembro de 1959).

Paralelamente ao futebol, tudo corria bem na vida pessoal de Milton Copolillo. Ajuizado, o zagueiro sempre investiu em imóveis. Mas, felicidade mesmo aconteceu pelo matrimônio com Líbia Queirós, um relacionamento que começou no curso Ginasial do Colégio Plínio Leite, em Niterói.

O cerimonial, amplamente acompanhado pela imprensa esportiva, foi realizado na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora, em Niterói, o que movimentou bastante o plantel e o alto comando do Rubro-Negro.

Todavia, o jejum de títulos cariocas foi aos poucos minando o ambiente. Com o moroso andamento em sua renovação contratual, Milton Copolillo esperava pelo aparecimento de uma boa proposta para deixar o time da Gávea.

Assim, pelo expressivo montante de 500 mil Cruzeiros à vista, o Clube Náutico Capibaribe (PE) adquiriu junto ao Flamengo os direitos do zagueiro central Milton Copolillo. (Fonte: Revista do Esporte número 86 – 29 de outubro de 1960). 

O maior prazer de Milton Copolillo era vencer o Vasco da Gama! Crédito: revista do Esporte número 11 – 23 de maio de 1959.
O momento do Flamengo não era bom e Milton Copolillo foi responsabilizado diretamente. O fato ficou público, principalmente depois das declarações do Diretor de Futebol Geraldo Serafim. Fotos de Hélio Brito. Crédito: revista do Esporte número 29 – 26 de setembro de 1959.

Entre o parcelamento de luvas e ordenado, Milton Copolillo firmou compromisso com o “Timbu” para receber 70 mil cruzeiros mensais. Em boa forma física e técnica, o zagueiro foi campeão pernambucano na edição de 1960, para depois deixar os gramados definitivamente em 1962.

Abaixo, os registros do segundo confronto decisivo entre Náutico e Santa Cruz pelas finais do campeonato pernambucano de 1960. O “Timbu” venceu os dois jogos, o primeiro por 1×0 em 11 de dezembro de 1960:

14 de dezembro de 1960 – Finais do campeonato pernambucano –  Náutico 2×1 Santa Cruz – Estádio dos Aflitos – Recife (PE) – Árbitro: Alberto da Gama MalcherGols: China e Tião para o Náutico; Lua para o Santa Cruz.

Náutico: Waldemar; Paulinho e Milton Copolillo; Carlos Saz, Givaldo e Hélmiton; Tião, Agnaldo, China, Geraldo e Fernando. Santa Cruz: Agostinho; Roberto e Nagel; Múcio, Luiz e Dodô; Gildo II, Hamilton, Lua, Biu e Elmano.

Conforme publicado no site Terceiro Tempo (Seção Que Fim Levou) do jornalista Milton Neves, Milton Copolillo faleceu em 10 de março de 2012 de insuficiência respiratória. O ex-zagueiro estava em processo de recuperação de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) sofrido em 2011.

Milton Copolillo ao lado do técnico Jayme de Almeida. Foto de Hélio Brito. Crédito: revista do Esporte número 29 – 26 de setembro de 1959.
O casamento de Milton Copolillo e Líbia Queirós movimentou o plantel e o alto comando do Rubro-Negro. Crédito: revista do Esporte número 46 – 23 de janeiro de 1960.

Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar (por Arlindo Marinho), revista do Esporte (por Hélio Brito e Roberto Carlos), revista Esporte Ilustrado (por Alberto Ferreira), revista Manchete Esportiva (por Ângelo Gomes, Ney Bianchi e Paulo Rodrigues), Jornal do Brasil, Jornal dos Sports, campeoesdofutebol.com.br, flaestatistica.com.br, flamengo.com.br, nauticonet.com.br, site do Milton Neves (por Marcos Júnior – Colaborou Ivan Nogueira, sobrinho de Milton Copolillo).