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Associação Atlética Portuguesa (RJ), campeão carioca de 1948, Campeão Sul-Americano de 1949, Octávio Sérgio da Costa Moraes
O paraense Octávio Sérgio da Costa Moraes nasceu em Belém, no dia 9 de julho de 1923. O pai de Octávio era jogador do Paysandu Sport Club, antes de decidir fixar residência no Rio de janeiro em 1931.
Os primeiros piques do pequeno Octávio atrás de uma bola foram nas areias do bairro do Flamengo, quando insistia em jogar ao lado dos mais velhos.
Anos mais tarde, a família Costa Moraes mudou para o bairro de Copacabana. Matriculado no colégio Santa Rosa, Octávio continuou jogando futebol no campo do próprio estabelecimento de ensino.
Posteriormente, quando já era aluno do Colégio Santo Antônio Maria Zacarias, Octávio já fazia sucesso com a camisa do Boca Juniors, um time amador do Largo do Machado.
Paralelamente, o jovem paraense também dedicava seu tempo nas atividades como escoteiro, no bairro das Laranjeiras.
E foi no bairro das Laranjeiras que Octávio foi encaminhado ao juvenil do Fluminense Football Club, onde não permaneceu por muito tempo.
Após receber um convite de Chico Barbastéfano e Togo Renan Soares, o famoso “Kanela”, Octávio foi parar no Botafogo de Futebol e Regatas.
Em General Severiano, Octávio recebia quase 2 contos por mês, o que na época era considerado um bom dinheiro. Lapidado pelo próprio Kanela, Octávio ganhou experiência e assinou seu primeiro compromisso profissional em 1944.
Depois de quase chegar ao título nas edições de 1945, 1946 e 1947, o Botafogo começou a temporada de 1948 com resultados duvidosos.
Mas o time do técnico Zezé Moreira cresceu de produção, principalmente pelo bom desempenho de jogadores experientes, como Ávila e Sylvio Pirillo.
Além disso, o bom futebol praticado por Braguinha, Paraguaio e Octávio foram determinantes para liquidar com o incômodo jejum de títulos. Na partida decisiva, o Botafogo venceu o Vasco da Gama por 3×1 e ficou com o “caneco” de 1948.
Campeão Sul-Americano de 1949 pela Seleção Brasileira, Octávio não permaneceu no escrete de Flávio Costa para disputar o mundial de 1950.
Depois do grande triunfo de 1948, o Botafogo voltou ao papel de coadjuvante e só reconquistou o título em 1957, o que fez o ambiente ficar pesado no clube.
Nesse meio tempo, Octávio passou por alguns desentendimentos com o dirigente Brandão Filho, sendo que o técnico Carvalho Leite pouco pode fazer para amenizar os ânimos.
Após um comunicado por escrito para procurar outro clube, Octávio foi negociado com o Santos Futebol Clube em 1952.
Depois dos acertos com Modesto Roma, o contrato com o clube paulista foi fixado em dois anos. Na época, Octávio já era formado em Arquitetura, o que lhe acenou um possível emprego como Arquiteto no futuro Estaleiro da família Roma.
Feliz, Octávio mudou para São Vicente (SP). Tudo corria bem até uma inexplicável saudade do Rio de Janeiro. Decepcionado, Modesto Roma não dificultou o retorno de Octávio para o Rio, onde um convite de Zezé Moreira o esperava no Fluminense.
Com 29 anos de idade e já considerado um veterano, Octávio acabou dispensado das Laranjeiras após uma excursão aos gramados da Colômbia. Então, seu próximo passo foi na Associação Atlética Portuguesa, do Rio de Janeiro.
Consciente de suas obrigações, Octávio voltou para Santos com o objetivo de devolver para Modesto Roma o cheque das “Luvas”, um valor recebido em sua contratação pelo Santos.
Modesto Roma não aceitou o cheque. Mostrando ainda uma certa tristeza, o cartola santista fez questão de apresentar o canteiro de obras do Estaleiro, projeto que o próprio Octávio tinha desenhado.
Na Associação Atlética Portuguesa, seu último clube, Otávio disputou o segundo turno do campeonato carioca de 1953.
28 de novembro de 1953 – Campeonato carioca segundo turno – Portuguesa 4×1 Canto do Rio – Estádio de Campos Sales – Árbitro: José Gomes Sobrinho – Gols da Portuguesa: Baduca (2), Octávio e Neca.
Portuguesa: Antoninho, Valter e Cicarino; Aristóbulo, Joe e Luzitano; Renato, Neca, Octávio, Baduca e Natalino. Técnico: Zoulo Rabelo. Canto do Rio: Horácio, Paulo e Carlos; Rubinho, Valter e Zé de Souza; Roberto, Edésio, Almir, Dico e Jairo. Técnico: Carango.
Octávio Sérgio da Costa Moraes faleceu de parada cardíaca na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em 19 de outubro de 2009.
O ex-jogador do Botafogo estava internado no Hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Após fraturar o fêmur, Octávio desenvolveu uma pneumonia, o que agravou bastante seu delicado estado de saúde.
Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar, revista do Botafogo, revista do Esporte, revista Esporte Ilustrado, revista O Globo Sportivo, Jornal do Brasil, Jornal dos Sports, aaportuguesario.com.br, albumdosesportes.blogspot.com.br, cacellain.com.br, campeoesdofutebol.com.br, gazetaesportiva.net, globoesporte.globo.com, mundobotafogo.blogspot.com.br, museudosesportes.blogspot.com.br.