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Marcante atacante que brilhou no cenário carioca, paulista e europeu, Edmur Pinto Ribeiro nasceu no município de Saquarema (RJ), em 9 de setembro de 1929.

Conforme reportagem publicada nas páginas do Globo Sportivo, edição de 13 de outubro de 1951, Edmur iniciou sua trajetória no futebol amador de Saquarema (RJ).

Algum tempo depois, o rapazola embarcou de “mala e cuia” para São Gonçalo (RJ), época em que ganhou destaque jogando como meia-direita em equipes famosas da região; como o Mauá e o Tamoios.

(*) Alguns registros encontrados apontam ainda uma passagem pelo Fonseca Atlético Clube de Niterói (RJ).

Conhecido pelos companheiros pelo curioso apelido de “Pelada”, o habilidoso e promissor Edmur foi surpreendido com seu feliz encaminhamento ao Clube de Regatas do Flamengo em 1948.

O esforçado Edmur conquistou espaço rapidamente em São Januário. Crédito: revista Esporte Ilustrado número 697 – 16 de agosto de 1951.

Sem qualquer marcação, Edmur marca para o Vasco da Gama em partida contra o Canto do Rio. Crédito: revista Esporte Ilustrado.

Torcedor assumido do Flamengo, o jovem de Saquarema não levou muita sorte na Gávea. Prejudicado pelo serviço militar obrigatório e pela consequente falta de tempo para treinar, Edmur estava praticamente encostado no Rubro-Negro!

Até que uma sondagem inesperada do Canto do Rio Foot-Ball Club o levou por empréstimo para Niterói em 1950. Entristecido, Edmur limpou seu armário no Flamengo e foi participar de uma rápida excursão do Canto do Rio aos gramados de Santa Catarina.

Logo, o empréstimo foi transformado em presente, um “mimo” oferecido sem qualquer exigência de contrapartida por parte dos mandatários do Flamengo. Contudo, a dificuldade de ambientação no Canto do Rio quase custou o pronto retorno de Edmur ao time da Gávea.

O certo é que Edmur superou essa má fase e fez grandes apresentações pelo Canto do Rio no certame carioca de 1950, o que representou o interesse dos representantes do Vasco da Gama.

Edmur foi confirmado em São Januário no findar do primeiro semestre de 1951. Foi um excelente negócio, principalmente para o modesto Canto do Rio, que nada desembolsou quando levou o jogador do Flamengo e ainda lucrou o montante de 150 mil cruzeiros na transação com o Vasco.

O negócio com Edmur foi excelente para todos os envolvidos, menos para o impaciente Flamengo! Crédito: revista Esporte Ilustrado número 709 – 8 de novembro de 1951.

O futebol vistoso de Edmur encantou o técnico Otto Glória, que entusiasmado pressagiou que o novato dianteiro seria um novo “Ademir de Menezes”. Crédito: revista Esporte Ilustrado número 709 – 8 de novembro de 1951.

Em São Januário, o futebol vistoso de Edmur encantou o técnico Otto Glória, que entusiasmado pressagiou que o novato dianteiro seria um novo “Ademir de Menezes”.

Campeão carioca de 1952, Edmur permaneceu no elenco do Vasco da Gama até 1953, quando seus direitos foram negociados com os dirigentes da Associação Portuguesa de Desportos (SP).

Com a camisa da Portuguesa de Desportos, Edmur viveu grandes momentos ao lado de craques de primeira grandeza, especialmente com o amigo Ipojucan, ex-companheiro de jornadas inesquecíveis no Vasco da Gama.

Sua participação foi determinante em conquistas importantes na história do clube; como a Fita Azul em 1953 e 1954 e o Torneio Rio-São Paulo de 1955, quando inclusive foi o artilheiro da competição com 11 gols marcados.

O vínculo com a Portuguesa de Desportos durou até 1958, momento em que foi defender o Clube Náutico Capibaribe (PE), uma breve passagem diante do forte interesse do Vitória Sport Clube de Portugal.

Edmur marca para a Portuguesa de Desportos no empate com o Palmeiras em 2×2 no Pacaembu, primeiro jogo “extra” para decidir o título do Torneio Rio-São Paulo de 1955. Crédito: revista Esporte Ilustrado número 896.

A luta de Edmur na tentativa de superar a forte marcação dos zagueiros Savério e Lamparina. A Portuguesa de Desportos sofreu muito para derrotar o São Bento de São Caetano do Sul (SP). Crédito: revista A Gazeta Esportiva Ilustrada número 46 – Agosto de 1955.

O responsável por sua transferência para o Vitória de Portugal – em setembro de 1958 – foi o empresário Antônio Pimenta Machado, que na época estava radicado em Recife (PE).

No cenário português, Edmur foi considerado o melhor jogador estrangeiro, um goleador de técnica apurada que dificilmente perdia oportunidades para finalizar em gol.

Edmur continuou no Vitória de Portugal até o findar da temporada de 1961, momento em que o interesse do Belenenses não deu em nada! Dessa forma, o atacante foi parar no Celta de Vigo (Espanha), uma permanência de apenas uma temporada.

De volta ao futebol português em 1962, Edmur firmou compromisso com o Leixões Sport Club. Em 1964 desembarcou no Rio de Janeiro para defender a Associação Atlética Portuguesa (RJ).

Sua última equipe foi o Deportivo Itália da Venezuela entre 1965 e 1966, ano em que definitivamente deixou os gramados. Edmur Pinto Ribeiro faleceu em Niterói (RJ), no dia 25 de setembro de 2007.

Edmur fez grandes temporadas na Portuguesa de Desportos. Foto de Alberto Ferreira. Crédito: reprodução revista Esporte Ilustrado.

Parte da linha ofensiva da Portuguesa (RJ) em 1964, na época orientada pelo competente Gentil Cardoso. Partindo da esquerda; Sabará, Décio Recaman e Edmur. Crédito: revista do Esporte número 307.

Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar, revista A Gazeta Esportiva Ilustrada (por Paulo Planet Buarque), revista do Esporte, revista Esporte Ilustrado (por Alberto Ferreira, Levy Kleiman, Luís Mendes, Roberto Mércio e Thomaz Mazzoni), revista O Globo Sportivo (por Carlos Areas, Geraldo Romualdo da Silva, Indaiassu Leite, Jorge Leal e Mário Filho), Jornal A Gazeta Esportiva, Jornal dos Sports, Jornal O Globo, acervo.oglobo.globo.com, campeoesdofutebol.com.br, gazetaesportiva.net, site do Milton Neves), vasco.com.br, albumefigurinhas.no.comunidades.net.